sábado, janeiro 13, 2007

Pedro Mota, um futuro treinador


Apresento alguns princípios pelos quais um amigo meu se rege como treinador... Princípios semelhantes aos meus. Quem sabe o que tem dentro de si partilha as suas ideias sem receio de ser copiado... precisamente porque vão passar a ser cópias e essas... são piores que os originais.


“Perder, é só um passo numa vitória, é o começo dela...”


“Não tenho medo de perder mas sim de falhar…”


“Por muito grandes que sejam as vedetas, a bola continuará a ser redonda e o campo rectangular…”


“A dose em demasia é veneno…”


“Ambição é a chave para ter sucesso. Os que voam mais alto entendem o seu trabalho como uma viagem sem fim na procura do conhecimento e da evolução.”


“O treinador não é aquele que ensina a jogar futebol ou aquele que pensa que sabe tudo, o treinador é sim, a individualidade dentro do grupo que orienta os jogadores, que está lá para os encorajar, é o amigo mais próximo de cada um dentro do balneário nos bons e maus momentos, para criticar sempre que é necessário, para dar a cara e levar os primeiros socos, mas ainda mais importante, é aquele por quem o jogador se apaixona como seu irmão de sangue, o sangue do clube e da família que ali vive.”


“O mais cego de todos no futebol é aquele que apenas vê a bola.”

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Opiniões sim, parvoíces não!


Li uma opinião na revista Focus de há duas semanas, se não estou errado. Era uma daquelas opiniões sobre os altos e baixos das personalidades ilustres, daquelas que vêm ilustradas com setas vermelhas para baixo em sinal de que se reprova determinada atitude, ou verdes para cima mostrando a qualidade do acto. No caso particular a seta era vermelha para Figo. Tudo por causa da questão da transferência para a Arábia Saudita. A pessoa que escreveu ( infelizmente não sei quem foi o infeliz ) consegui mencionar uma panóplia de palermices em tão poucas linhas. Referiu-se à transferência de Figo para o oriente como se o jogador fosse obrigado a acabar a carreira no Sporting e ainda acabou o comentário com palavras deste género "um jogador que festeja golos contra o Sporting... clube que o formou.". O que é que tem a ver o cu com as calças? O Figo não tem que acabar a carreira no Sporting. É um profissional e tem que fazer a sua vida. Há que entender que depois de acabar a carreira a sua vida muda drasticamente e basicamente vai viver dos rendimentos que foi tendo ao longo da sua carreira e das apostas que fez tendo em vista o seu futuro.

Quanto ao facto de festejar golos contra o "clube que o formou" é só carregar no título que vão direccionados para outro post onde escrevi sobre isso.


Hoje em dia, qualquer pessoa pensa que pode julgar qualquer situação. Por mais que não saiba nada do assunto ( quando digo não sabe nada refiro-me a pormenores ). Só pelo facto de se tratar duma personalidade, só pela sua vida aparecer exposta nos jornais e revistas, já se pensa que se pode opinar sobre a vida dessa pessoa.

Um bocadinho de bom senso não faz mal a ninguém. A Focus devería ter mais cuidado na selecção de quem escreve opiniões.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Dinheiro e talentos


A propósito duma notícia que li sobre um tal de Caetano Prosperi Calil, antigo internacional sub-17 pela selecção do Brasil, que pelos vistos, marcou quatro golos pela selecção no campeonato do mundo de sub-17 em 2001, pensei no que é que faz desaparecer um jogador promissor. Este jogador parece estar a caminho da Naval. Um ex-internacional pelos sub-17 do Brasil, a caminho da Naval. Faz um bocado de confusão, no entanto nem tudo pode ser linear e no futebol, no desporto, as coisas não são assim. Isso é uma certeza. Um jogador pode ser muito bom nas camadas jovens devido a várias razões tais como avanços maturacionais, qualidades técnico-tácticas, qualidades físicas. Mas quando chegam ao alto nível, muitos desses atletas não dão em nada porque deslumbram-se com o que foram até ali e pensam que o sénior é uma mera continuação do júnior. Do meu ponto de vista é um salto muito grande e nem todos têm a capacidade psicológica para aguentar a pressão que é estar no alto nível. Só assim é que se pode explicar que haja jogadores de grande qualidade técnica, que não conseguem mostrar o potencial que têm. Outros encostam-se às equipas profissionais porque é uma forma de ganhar a vida a correr atrás de uma bola. Deve ser o raciocínio de muitos. Não encontro explicações para ver tantos jogadores jovens com potencial, passarem ao lado de uma grande carreira.

Será que um sistema de formação perfeito é a solução para não se perderem tantos talentos? Será que quando a detecção de talentos é feita sem erros ( é difícil não se cometer erros na detecção e selecção de talentos ) há mais resultados finais positivos? Penso que a partir do momento que o desporto é cada vez mais um negócio, cada vez mais envolve mais dinheiro, fica difícil não haver situações inesperadas. Quero dizer com isto que, mesmo que tudo seja perfeito nas camadas jovens, mesmo que não haja erros, o que realço ser muito difícil... mesmo assim, quando há dinheiro envolvido, o risco de os jovens jogadores se deslumbrarem é maior. E uma vez deslumbrados fica difícil recuperar aquele talento que está lá dentro, só que não consegue sair cá pra fora, porque há outras coisas nas mentes dos jogadores.