Quando vi os jogadores que pisaram a relva durante o aquecimento, pensei que o Porto fosse jogar em 1-4-4-2 losango, mesmo não me lembrando de ter visto Quaresma a jogar na posição 10. Mas isso sería possível na medida em que estavam presentes Adriano, Hélder Postiga, Jorginho e Quaresma. Se jogassem com losango no meio campo talvez jogassem Lucho e Jorginho a interiores, Meireles a pivô e Quaresma mais à frente. Pensei que o Porto se desdobraría num 1-4-3-3 para atacar, mas não foi isso que aconteceu. O Porto jogou num 1-4-3-3 em que Quaresma era o único ala e começou a jogar do lado esquerdo. Postiga e Adriano eram os dois avançados. Era um 1-4-3-3 sem uma geometria simétrica.
O Boavista apresentou-se num 1-4-3-3 em que os dois alas baixavam sempre no campo quando a equipa não tínha a posse de bola, ficando então cinco jogadores no meio campo. Os três jogadores do meio campo dispunham-se num triângulo que variava conforme a atitude da equipa. Se a equipa do Boavista estava sem a posse de bola jogava com dois jogadores atrás de um que ficava mais adiantado. Quando a equipa mudava de atitude o triângulo invertía-se. De resto, no meio campo do Porto acontecía o mesmo, mas o Porto passou muito mais tempo com Raul Meireles atrás de Lucho e Jorginho.
O Porto revelou pouca dinâmica na elaboração do seu jogo e a equipa do Boavista estava mais tranquila e concentrada. O Porto falhava muitos passes, fundamentalmente por parte de Postiga que nunca entrou no jogo.
Quaresma procurou no lado direito aquilo que não encontrou no lado esquerdo, nem durante o jogo todo: desequilibrar. Foram várias as vezes que agiu livremente, comprometendo a equipa.
Apesar da equipa do Boavista parecer mais serena e organizada, nenhuma equipa dominava o jogo. Mas o Boavista marcou após a marcação do primeiro canto do jogo, no qual fiquei com a clara sensação que o Porto marcava há zona. Mas depois apercebi-me que não eram todos os jogadores que defendíam à zona. Os dois centrais do Porto marcavam individualmente. Mas no primeiro canto houve desconcentração total e Ricardo Silva saltou sozinho marcando de cabeça o primeiro golo.
Nos cantos e livres em zona lateral, perto da área do Porto, Bosingwa colocava-se ao primeiro poste, Postiga entre o primeiro poste e o meio da baliza ( talvez para Hélton sair dos postes sabendo que tem mais protecção ) e Cech ao segundo poste. Penso que nestes lances pode falar-se em defesa mista por parte dos jogadores do Porto.
Nos pontapés de baliza marcados pelo guarda-redes do Boavista, Kaz adiantava-se no campo ficando entre o ala esquerdo e o avançado de modo a que houvesse uma disputa igual pela posse de bola. Terá subido Kaz e não Cissé ou Tiago, porque Kaz é mais alto e tínha mais hipóteses de ganhar os lances que disputava e também é conhecida a sua capacidade de antecipação a um lance.
Durante a primeira parte ía pensando que Postiga tínha que sair e talvez pudessem entrar Anderson ou Lisandro já ao intervalo para procurar uma nova dinâmica, uma vez que o Porto não estava a ter um jogo estável. Colocar outro ala em camo podería ser importante.
A partir do momento que o Porto começou a perder passou a recorrer muito às subidas dos laterais, mas nunca houve grande objectividade por parte dos portadores da bola, ou os cruzamentos saíam demasiado longos, como aconteceu algumas vezes com Bosingwa.
Fiquei com a ideia que os laterais do Boavista fechavam no meio quando o Porto atacava. Isto porque o Porto jogava com dois avançados e era perigoso ficar numa situação de dois para dois. Sendo assim, eram os alas do Boavista que pressionavam os portadores da bola que se encontravam perto da linha . Quando a bola estava dum lado, o ala do Boavista que estava do lado oposto preocupava-se muito com o homem que estava na linha e não tanto com o espaço entre ele e o lateral. Se o jogador do Porto abrisse ficava muito espaço entre o ala e o lateral/central do Boavista. Talvez fosse interessante explorar esse aspecto na segunda parte.
Anderson entrou no início da segunda parte, mas a dinâmica continuava a ser reduzida. Anderson não entrou para jogar numa ala, mas sim para deambular pelo campo à procura do melhor sítio para jogar. Esteve muitas vezes no meio a organizar o jogo da equipa. E com Porto balanceado no ataque, o Boavista fez o segundo golo numa transição rápida, por Zé Manel. Os jogadores do Porto começavam a cair muito em individualismos, o que não beneficiava em nada o colectivo. Bosingwa, Adriano e Quaresma perderam muitas bolas à custa de tentativas de resolverem as situaçãoes individualmente.
Lisandro entrou no decorrer da segunda parte para o lugar de Jorginho, mas a sua entrada, bem como a entrada de Anderson fez com que o centro do campo ficasse hiper-povoado e muito confuso. Só Anderson é que conseguía fazer alguma coisa diferente... Sempre de cabeça levantada e à procura do espaço vazio para colocar a bola, mas raramente aparecía alguém a compreender o raciocínio rápido de Anderson.
O Porto beneficiou de um penalti e da expulsão do guarda-redes do Boavista. Conseguiu assim reduzir a vantagem do Boavista sem estar a fazer grande coisa.
Após o golo do Porto Entrou Rentería para o lugar de Cech. O Porto passava a jogar com três defesas, mas a filosofia era semelhante à que se tínha no início de jogo, isto porque Rau Meireles recuava, volta e meia, para ajudar na circulação de bola. Mais perto do fim Bruno Alves já estava a jogar a avançado procurando ganhar as bolas que eram bombeadas para perto da área do Boavista. Isto porque o Porto perdía e agora jogava contra dez. Jesualdo tínha que arriscar.
O Boavista refrescou o lado esquerdo do ataque com a entrada de Marquinho e no fim do jogo trocou Cissé por Essame. Nenhuma alteração estrutural.
Nos últimos minutos a pressão do Porto era maior e as oportunidades de golo surgiram, mas sempre com muita confusão à mistura.
O Boavista apresentou-se num 1-4-3-3 em que os dois alas baixavam sempre no campo quando a equipa não tínha a posse de bola, ficando então cinco jogadores no meio campo. Os três jogadores do meio campo dispunham-se num triângulo que variava conforme a atitude da equipa. Se a equipa do Boavista estava sem a posse de bola jogava com dois jogadores atrás de um que ficava mais adiantado. Quando a equipa mudava de atitude o triângulo invertía-se. De resto, no meio campo do Porto acontecía o mesmo, mas o Porto passou muito mais tempo com Raul Meireles atrás de Lucho e Jorginho.
O Porto revelou pouca dinâmica na elaboração do seu jogo e a equipa do Boavista estava mais tranquila e concentrada. O Porto falhava muitos passes, fundamentalmente por parte de Postiga que nunca entrou no jogo.
Quaresma procurou no lado direito aquilo que não encontrou no lado esquerdo, nem durante o jogo todo: desequilibrar. Foram várias as vezes que agiu livremente, comprometendo a equipa.
Apesar da equipa do Boavista parecer mais serena e organizada, nenhuma equipa dominava o jogo. Mas o Boavista marcou após a marcação do primeiro canto do jogo, no qual fiquei com a clara sensação que o Porto marcava há zona. Mas depois apercebi-me que não eram todos os jogadores que defendíam à zona. Os dois centrais do Porto marcavam individualmente. Mas no primeiro canto houve desconcentração total e Ricardo Silva saltou sozinho marcando de cabeça o primeiro golo.
Nos cantos e livres em zona lateral, perto da área do Porto, Bosingwa colocava-se ao primeiro poste, Postiga entre o primeiro poste e o meio da baliza ( talvez para Hélton sair dos postes sabendo que tem mais protecção ) e Cech ao segundo poste. Penso que nestes lances pode falar-se em defesa mista por parte dos jogadores do Porto.
Nos pontapés de baliza marcados pelo guarda-redes do Boavista, Kaz adiantava-se no campo ficando entre o ala esquerdo e o avançado de modo a que houvesse uma disputa igual pela posse de bola. Terá subido Kaz e não Cissé ou Tiago, porque Kaz é mais alto e tínha mais hipóteses de ganhar os lances que disputava e também é conhecida a sua capacidade de antecipação a um lance.
Durante a primeira parte ía pensando que Postiga tínha que sair e talvez pudessem entrar Anderson ou Lisandro já ao intervalo para procurar uma nova dinâmica, uma vez que o Porto não estava a ter um jogo estável. Colocar outro ala em camo podería ser importante.
A partir do momento que o Porto começou a perder passou a recorrer muito às subidas dos laterais, mas nunca houve grande objectividade por parte dos portadores da bola, ou os cruzamentos saíam demasiado longos, como aconteceu algumas vezes com Bosingwa.
Fiquei com a ideia que os laterais do Boavista fechavam no meio quando o Porto atacava. Isto porque o Porto jogava com dois avançados e era perigoso ficar numa situação de dois para dois. Sendo assim, eram os alas do Boavista que pressionavam os portadores da bola que se encontravam perto da linha . Quando a bola estava dum lado, o ala do Boavista que estava do lado oposto preocupava-se muito com o homem que estava na linha e não tanto com o espaço entre ele e o lateral. Se o jogador do Porto abrisse ficava muito espaço entre o ala e o lateral/central do Boavista. Talvez fosse interessante explorar esse aspecto na segunda parte.
Anderson entrou no início da segunda parte, mas a dinâmica continuava a ser reduzida. Anderson não entrou para jogar numa ala, mas sim para deambular pelo campo à procura do melhor sítio para jogar. Esteve muitas vezes no meio a organizar o jogo da equipa. E com Porto balanceado no ataque, o Boavista fez o segundo golo numa transição rápida, por Zé Manel. Os jogadores do Porto começavam a cair muito em individualismos, o que não beneficiava em nada o colectivo. Bosingwa, Adriano e Quaresma perderam muitas bolas à custa de tentativas de resolverem as situaçãoes individualmente.
Lisandro entrou no decorrer da segunda parte para o lugar de Jorginho, mas a sua entrada, bem como a entrada de Anderson fez com que o centro do campo ficasse hiper-povoado e muito confuso. Só Anderson é que conseguía fazer alguma coisa diferente... Sempre de cabeça levantada e à procura do espaço vazio para colocar a bola, mas raramente aparecía alguém a compreender o raciocínio rápido de Anderson.
O Porto beneficiou de um penalti e da expulsão do guarda-redes do Boavista. Conseguiu assim reduzir a vantagem do Boavista sem estar a fazer grande coisa.
Após o golo do Porto Entrou Rentería para o lugar de Cech. O Porto passava a jogar com três defesas, mas a filosofia era semelhante à que se tínha no início de jogo, isto porque Rau Meireles recuava, volta e meia, para ajudar na circulação de bola. Mais perto do fim Bruno Alves já estava a jogar a avançado procurando ganhar as bolas que eram bombeadas para perto da área do Boavista. Isto porque o Porto perdía e agora jogava contra dez. Jesualdo tínha que arriscar.
O Boavista refrescou o lado esquerdo do ataque com a entrada de Marquinho e no fim do jogo trocou Cissé por Essame. Nenhuma alteração estrutural.
Nos últimos minutos a pressão do Porto era maior e as oportunidades de golo surgiram, mas sempre com muita confusão à mistura.
A prova de que o importante não é ter muitas cartas mas sim saber como jogá-las é que o Porto acabou por não conseguir marcar. Perdeu por 2-1.
Constituição das equipas:
Constituição das equipas:
Porto- Hélton, Bosingwa, Bruno Alves, Ricardo Costa, Cech, Raul Meireles, Lucho, Jorginho, Quaresma, Adriano, Postiga
Boavista- Peter Jehle, Lucas, Ricardo Silva, Hélder Rosário, Cissé, Tiago, Kaz, Zé Manel, Grzelak, Linz