domingo, fevereiro 25, 2007

Mais um episódio do Infesta


Ontem fui ver os Infantis do Infesta a jogar. Senti-me em casa. Foi estranho, mas talvez os sorrisos dos miúdos, a simpatia dos pais ao perguntarem quando é que voltava para dar treinos tenham feito que me sentisse bem. A minha resposta foi sempre directa. Argumentei com o avô de um dos miudos, porque estava a deitar abaixo um miúdo. Sinto-me mais maduro, porque argumentei com coerência e ele lá acabou por se calar. Ele criticou um dos centrais. Claro, o outro é o neto dele. Chegou-me a perguntar: "Por que é que ele joga? Porque tem duas pernas?". Eu respondi: "Não é à toa que ele joga. Há-de haver um motivo.". Ele insistiu, mas eu não desisti e respondi: "Pois, deve ser porque tem duas pernas. Olhe lá para dentro... têm duas pernas, dois braços, uma cabeça... todos têm!". Resposta dele: "Não vamos generalizar.". Tocou no neto não é?


Pois é... isto para chegar aonde? A complexidade da formação não se esgota nas sessões de treino, porque imbecis como estes residem debaixo do mesmo tecto que estes miúdos. Miúdos cinco estrelas que não têm culpa do que vão ser uns anos mais tarde. Precisam de encontrar a pessoa certa que as encaminhe na altura certa. Mas isso é bastante complicado. Imagine-se a qunatidade de miúdos que se perdem por aí... Por que razão será? Ou por que razões?

Momentos que se devem valorizar


Descobri que afinal continuo a ser capaz de sentir. E descobri que para sentir foi preciso algo demasiado simples. Estava a vir embora do campo quando o Tiago veio ter comigo e deu-me um croissant. Para quem não sabe, no fim dos jogos, os miúdos têm direito a um lanche e em muitos sítios é o croissant e o sumo. Ele veio-me dar um e eu rejeitei ao que ele disse "Vá lá mister, é uma prenda". Simples não é? Arrancou um sorriso super natural no qual só pensei quando me sentei no carro enquanto comía o croissant! Mas enfim... Há que saber aproveitar estes pequenos momentos e trancá-los aí mesmo, porque talvez não se possa misturar o sentir e a razão.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Porto - Chelsea


O Porto começou melhor e o Chelsea teve azar... mais uma vez ao longo desta época. De resto isso foi focado por Mourinho no final do jogo. Um dado curioso na "flash interview" foi que Mourinho disse que este ano é o ano em que se sente mais realizado como treinador, contando os três anos que tem de Chelsea. Senão recordem-se as inúmeras lesões que têm atacado o plantel do Special One. Esta noite foi Terry novamente... e Robben!

Quando se fala na crise de Mourinho e do Chelsea creio que é falta de capacidade de análise dos acontecimentos. Isto porque é preciso perceber que o Chelsea tem tido muitas contrariedades ao longo desta época. As causas dessas contrariedades, nomeadamente lesões, é que podem ser questionadas...

Mas de facto, este ano tem sido bastante complicado para o Chelsea, e estar agora numa final duma Taça, estar ainda a lutar pelo campeonato, estar nos oitavos da Champions e noutra taça... É muito bom para uma equipa com tantos problemas! Será que há crise? Creio que não.

A primeira parte do jogo foi fantástica, com pormenores de Quaresma que tiram a respiração a qualquer um! Quando ele faz aquela bola beijar a trave... fiquei encostado ao sofá, sem palavras, porque simplesmente é indescritível.

Sheva foi o abono do Chelsea, marcando o golo da equipa Londrina e fazendo aquilo que sabe melhor, finalizar. Não se pode por em causa a sua qualidade. De forma alguma. Gostava de salientar o grande jogo de Pepe, Paulo Assunção e Essien. O Ganês faz um corte... difícil de descrever também...

Na segunda parte o Chelsea apercebeu-se que estava mais limitado e o Porto procurou arriscar mais, mas sem efeito.
No fim do jogo perguntaram ainda a Mourinho o que é que ele diría sobre a eliminatória, uma vez que Mourinho já teve discursos atrevidos noutras ocasiões. Mourinho disse que é outra pessoa agora. Afinal, já se passaram dois anos desde que deixou o Porto... Uma resposta que nem todos estavam à espera. Provavelmente alguns esperaríam o Mourinho arrogante, mas eu esperava o Mourinho sempre surpreendente... e assim foi!


Fica tudo adiado para a segunda mão, embora o Chelsea já esteja com um pé e meio nos quartos. É muito difícil ganhar ao Chelsea em Stamford Bridge...


segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Juan David Torres... aprender a andar?


Este menino de cinco anos joga à bola como... é difícil de descrever, precisamente porque nunca tínha visto nada assim. Por mais que tenha sido num vídeo na internet, sei que este Colombiano é um futuro craque. No entanto, fico espantado com o que leio a respeito dele.

São estes os “entendidos” de Futebol? Entendido é o miúdo que trata a bola por tu. Faz vírgulas, fintas mirabolantes, simulações...
É imperial que este miúdo seja acompanhado e que não se preocupem em contratá-lo tão cedo. Deixem-no na rua, porque assim ele vai continuar a aperfeiçoar a sua técnica pessoal, vai continuar a conhecer-se. Era tão bom que a guerra monetária dos clubes respeitasse este talento, que respeitasse o Futebol... e que deixasse o miúdo desenvolver-se no seu meio, jogar muito à bola, estudar, e daqui a largos anos ser contratado com 13 ou 14 anos para um Barcelona ou um Manchester United, por exemplo...


Vejam o link, é só clicar no título.
A foto não é do Colombiano.

domingo, fevereiro 18, 2007

Jogar à bola e jogar Futebol


"Muitas das vezes exagera, muitas das vezes tem três indivíduos e vai para cima dos três e muitas das vezes tem um pela frente e cruza de trivela. Ora os grandes, grandes, grandes jogadores, não é os grandinhos... e eu acho que ele é grandinho, mas não é fora de série. É muito mais fora de série, por exemplo o Cristiano.
Quaresma tem muitas vezes excesso de jogar à bola quando devía ter também o jogar Futebol.
Ele está muito diferente e teve sorte, notei muita sorte até com o Adriaanse e até com o Jesualdo que tem muita paciência."
in Professor Vítor Frade